Viva e deixe viver
Você
já parou para pensar em quantas pessoas passaram pela sua vida até hoje?
Infinitas personalidades já te rodearam mesmo que por um instante. Mas algumas
ficam por mais tempo, até mesmo para sempre, algumas te marcam, algumas
tornam-se essenciais, mas até mesmo algumas mais especiais podem acabar indo
embora. O que nós devemos fazer a respeito? Nada.
Não
estou dizendo que não devemos fazer algo para manter aqueles a quem nos
identificamos por perto. Eu me refiro à uma parcela das pessoas que chegam na
nossa vida e que vão embora sem razão, ou melhor, porque querem.
Eu
escrevi um texto há algum tempo com o mesmo tema, mas eu decidi não postar porque
eu havia escrito cada parágrafo com raiva de pessoas que se diziam muito
especiais na minha vida e juravam que estariam comigo nos piores momentos, mas
quando os piores momentos chegaram, eu não os vi por perto, aos poucos tudo foi
sumindo e eu não os tinha comigo.
Eu sei
que é comum nos sentirmos mal pela perda de pessoas que um dia nós chamamos de
amigos, parceiros, amores... mas necessitamos entender que ninguém é obrigado a
permanecer na vida de ninguém. Devemos deixar as pessoas livres e se um dia
elas quiserem ir embora, deixem-nas seguirem seus próprios caminhos. No
entanto, existe um ponto muito importante na questão de liberdade de escolha:
as consequências.
Cada
escolha que fazemos na nossa vida gera alguma consequência. Seja a mesma
minúscula ou gigantesca, as consequências dos nossos atos virão e não há como evita-las.
As pessoas que foram embora da sua vida precisam enfrentar uma consequência que
só virá da nossa atitude. Sejamos recíprocos no sentido de deixar ir, não é
necessário devolver o mal do abandono para a pessoa que decidiu ir, mas é
necessário o uso da balança da consciência e se questionar: Será que vale a
pena o seu esforço para manter aquela pessoa na sua vida? Será que vale a pena
perder um pouco da sua saúde mental acolhendo em caso de uma volta súbita da
pessoa?
Avalie
suas amizades, seus amores, reconheça seus limites e foque em ficar em paz.
Deixe quem quer ir, ir... e vá também. Vá para um lugar de paz longe daqueles
que não querem estar contigo e se um dia você perceber que ninguém quer estar
com você, é como dizem: “Antes só do que mal acompanhado”. Faça o bem a todos
sem esperar algo em troca, viva sem prisões, não só de outras pessoas, mas suas
também, conheça a si mesmo para poder conhecer o outro e fazer com que o outro
te conheça, seja você mesmo e nada além disso.
Viva...
e deixe viver.
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